Rompimentos de Suportes e Resistências

Professor Metafix

Risco e incerteza fazem parte de todos afazeres e no mercado financeiro não há exceção. Não temos bola de cristal e nem metodologia que possam prever o futuro dos preços das ações. Entretanto, podemos…

Compartilhe

Rompimentos de Suportes e Resistências

             Risco e incerteza fazem parte de todos afazeres e no mercado financeiro não há exceção. Não temos bola de cristal e nem metodologia que possam prever o futuro dos preços das ações. Entretanto, podemos administrar os riscos, sem poder para eliminar a incerteza, utilizando os gráficos e aproveitando as ondulações que se repetem ao longo das tendências dos preços. Os preços se movem formando ondas que se repetem criando suportes e resistências. A repetição desses fenômenos, embora irregular e aleatória, permite que administremos os riscos aproveitando bem os pontos de reversão das mudanças nos preços para obter lucros na compra e venda de ações.

            A forma mais segura para aproveitar essas ondas é alinha-las com a tendência principal ou movimento mais longo. Como dito antes, os preços se movimentam como boneca russa, com ondas menores se encaixando dentro de ondas maiores. Isso é igual aos fenômenos da natureza que Mandelbrot os chama de fractais ou fragmentos que se repetem. Os suportes e as resistências são momentos de reversão que confirmam a natureza ondulatória dos movimentos. A probabilidade dessas reversões aumenta nesses pontos (suportes e resistência) e dá bastante segurança ao operador que obedece as regras do alinhamento. 

            No início da formação dos suportes e das resistências há um enfraquecimento dos preços, depois de um período de repouso eles se movem com bastante força como se fossem uma boiada num estouro, partindo para outras pastagens. Essas arrancadas rompem as resistências e os suportes e demoram a estancar, mas se repetem quando a onda se enfraquece. Além disso, elas ocorrem com tanta regularidade que ajudam confirmar a virada dos preços indicada pelo estocástico.

            Nosso objetivo nessa nota é mostrar como essas arrancadas coincidem com os pontos de inflexão no estocástico. Isto ajuda entender a direção dos preços e aplicar o alinhamento automático na hora de operar. Elas geralmente ocorrem depois dos topos e fundos gerados pelo estocástico. Usamos duas médias móveis para ajudar identificar a tendência. E usamos um estocástico para identificar as zonas de sobre comprados (resistências) e sobre vendidos (suportes). Devemos operar comprando nos suportes e saindo nas resistências obedecendo a tendência. Esse alinhamento é fundamental para o sucesso das operações. As arrancadas são importantes também porque ajudam evitar os movimentos fracos ou viradas falsas indicados por outros indicadores.

            Existem, pelo menos, duas maneiras para se evitar a armadilha dos movimentos fracos ou falsos: uma seria mudar o gráfico de um tempo para outro, fazendo uma análise to tipo “top down”. Isso serve para confirmar os se os topos ou fundos são verdadeiros. Por exemplo, podemos mudar de uma hora para um de 15 minutos. A outra seria permanecer no mesmo gráfico, seguindo os movimentos, mas agir somente depois da virada no estocástico e de uma arrancada nos preços, obedecendo a tendência maior sob observação. 



 

            Não havendo tendência de alta para ilustrar como as arrancadas corroboram com os movimentos no estocástico, usaremos ação ADS do Itaú. As velas representam uma hora de duração. A direção das médias indica queda. A média de 10 representa as ondas de uma hora e, a outra, a de 70 representa os dias, visto pela ótica de um gráfico de horas (Note que num dia existem 7 horas de pregão, daí essa relação de 10 por 70). Essa ação caiu, como muitas outras durante a semana e não fora aconselhável comprar nesse período. Os 4 pontos de inflexão, apenas dois (2 e 4 marcados com seta) indicam alta, os outros dois (1 e 3) mostram queda.

            Neste exemplo, quem estivesse esperando para comprar teria perdido tempo. Pois os pontos de alta violaram a tendência, e os de baixa só ajudariam quem tivesse condições de operar vendendo. Para verificar essa relação, faça você mesmo um teste, mudando o gráfico de uma hora pra o diário.

            Note que se você operar seguindo os break-outs pelo gráfico diário, terá mais sucesso com as jogadas, mas nesse caso, terá que esperar mais tempo para entrar e sair de uma jogada porque naturalmente ignoraria os pequenos movimentos. Entretanto, isso permite ao operador fazer outras coisas sem sair do mercado.

Boa sorte, e tente você mesmo fazer uma análise semelhante utilizando outra ação ou outros períodos dessa mesma ação.
Prof. Metafix

Professor Metafix
Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Próximo Post

A Crise Continua

Os governantes das principais economias, por razões políticas, ainda teimam e sonham com um fim benigno da crise que já perdura por mais de 4 anos. Enquanto isso, a maioria dos investidores continua frustrada com a indefinição do mercado de ações. Os que tiveram sucesso com esse tipo de investimento...

NULLNULL