A Teoria de La Bangola e os Suportes e Resistências

Professor Metafix 1

Os preços vão e voltam como os elefantes. É importante compreender o comportamento dos preços, como o pessoal de La Bangola entende o dos elefantes. Os preços de algumas ações são mais voláteis e andam mais rápido. Entretanto, o mas importante é identificar, respeitar e aproveitar os suportes e as resistências

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A Teoria de La Bangola e os Suportes e Resistências

No livro, Education of a Speculator, Victor Niederhoffer compara as ondas das ações com elefantes que passam por La Bangola a caminho de um bebedouro. La Bangola é uma vila em alguma região da Africa Ocidental. Segundo Niederhoffer, os elefantes viajam dias para chegar aonde tem água, mas voltam pelo mesmo caminho. O pessoal de la Bangola aprendeu que não deve perturbar os paquidermes a caminho da fonte. Eles se irritam facilmente, ficam desorientados e podem destruir tudo na vila. Mas os residentes são expertos e preparam armadilhas para capturar os bichos na volta.

Quem opera obedecendo a tendência tem a sensação de quem vive em La Bangola. Os preços das ações sobem até encontrar uma resistência (a fonte) e depois encolhem até bater num suporte; como se estes fossem algum lugar distante da fonte com bastante pasto! Esse movimento é a imagem mais notável que se forma no mapa dos preços das ações. Os preços sobem e descem pelo mesmo caminho mas, como elefantes a caminho da fonte, também encontram pontos perigosos. Os suportes e as resistências podem ser paradas para descanso, mas também podem ser apenas pontos de inflexão que escondem armadilhas indesejáveis.

As ondas que se formam são tão persistentes que podem ser observadas em qualquer tempo gráfico, ou período que escolhemos para acompanhar os preços. Destarte, existem ondas em gráficos de uma hora, de um minuto e de um dia ou em qualquer outro período disponível para análise. E o mais interessante é que todas ondas começam num suporte e terminam em uma resistência, quando a tendência for de alta; e iniciam em uma resistência e terminam num suporte quando a tendência for de baixa. Isso facilita bastante o trabalho de quem opera. O operador pode entrar comprando ou vendendo, aproveitando esses pontos de inflexão. Além disso, esses pontos muitas vezes formam movimentos laterais como se os preços fossem animais descansando de uma longa viagem.

A duração dos movimentos depende do período escolhido para se observar os preços. Por exemplo, movimentos de uma hora podem demorar mais do que os de 15 minutos para se formar, óbvio. O que não é óbvio é saber quantos movimentos de 15 minutos se encaixam dentro de uma hora; pois os movimentos são aleatórios e sem feição mecânica esperada. Destarte, movimentos em tempos menores podem durar tanto quanto os de tempo maiores ou apenas frações destes. O importante é que todos movimentos tem começo e fim e podem ser usados como guias para se operar com muito mais confiança.

Independente do período escolhido, a similaridade com La Bangola persiste; em algum lugar, perto ou longe da vila, existe uma fonte d’água. Os residentes da vila são pacientes e sabem que a viagem dos elefantes pode durar um dia ou vários dias. Quando eles demoram pouco tempo, o período para preparar uma armadilha demanda rapidez. Mas quando a fonte é distante, os residentes tem mais tempo para preparar as armadilhas sem medo de perder a oportunidade. O segredo está em ter paciência e reconhecer movimentos vistos com períodos maiores demoram mais pra se formar. Por isso é importante saber quando devemos operar day trade e quando devemos montar uma posição e esperar.

Os preços vão e voltam como os elefantes. É importante compreender o comportamento dos preços, como o pessoal de La Bangola entende o dos elefantes. Os preços de algumas ações são mais voláteis e andam mais rápido. Entretanto, o mas importante é identificar, respeitar e aproveitar os suportes e as resistências. Essas paradas para descanso são muito importantes porque dão força aos movimentos. Desobedecer essas regras ou se enganar com a posição desses pontos causa transtornos e prejuízo para muitos traders.

Se alguém pretende operar com mais frequência, deve se familiarizar com esse mecanismo. Use tempos gráficos mais curtos para day trade e, se pretende ficar posicionado de um dia pra outro, use movimentos mais longos. Independente do período escolhido, os suportes e as resistências indicam quando se deve abrir ou fechar uma posição. A tendência, como já sabemos, indica se devemos comprar ou vender. Uma combinação maravilha!

A postura mais importante é obedecer a tendência. A segunda, identificar e obedecer os suportes e as resistências. Às vezes, esses sinais não são claros. O que fazer para não errar? Quando em dúvida sobre resistência ou suporte, mude o tempo gráfico. Essa prática ajuda bastante entender o comportamento das mudanças nos movimentos de preço, pois separa os suportes e resistências dos pontos de inflexão. Ter paciência para esperar até que o suporte e resistência se formem, é parte integral do sucesso. Não esqueça de que os elefantes vão e voltam pelo mesmo caminho.

Prof. Metafix
Wisconsin, 26 de julho de 2016

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Comentários sobre “A Teoria de La Bangola e os Suportes e Resistências

  1. Prezado,

    Muito interessante a fábula.

    Apenas queria saber a que chama “ponto de inflexão” diferente de um suporte ou resistência?

    Obrigado.

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