A inversão nos Juros Americanos afeta o investimento no Brasil

TradingView

A inversão nos juros americanos foi o prenúncio das últimas crises, será que estamos à beira de outra crise financeira? Confira os estudos dos analistas do TradingView.

Pedro Canto

A inversão da curva de juros ocorre quando o rendimento dos títulos com vencimento em 2 anos do Tesouro americano (T-Bill) supera o rendimento dos títulos com vencimento em 10 anos (T-Note).

Em uma economia “saudável” a curva de juros apresenta um comportamento ascendente, ou seja, títulos curtos pagam um rendimento (yield) menor do que os títulos longos. O que é natural, visto que investimentos no longo prazo apresentam maiores riscos e incertezas, consequentemente, o investidor/credor exige uma maior taxa de retorno.

Porém existe um outro motivo para a curva apresentar juros mais altos nos vencimentos mais longos. Como a economia está saudável, em algum momento à frente ela irá superaquecer, fazendo com que o Banco Central tenha que subir os juros no futuro para esfriá-la. Desta forma a curva de juros positivamente inclinada precifica este movimento futuro.

Se, por um lado, uma curva de juros ascendente sinaliza uma economia saudável. Por outro lado, uma curva de juros invertida é prenúncio de crise e recessão. E esta inversão vem preocupando os investidores de todo o mundo, visto que, historicamente, a inversão precedeu todas as últimas grandes crises financeiras do último século.

O gráfico ilustra este padrão de comportamento histórico. A diferença entre as taxas de curto e longo prazo dos títulos do Tesouro americano (respectivamente 2 e 10 anos) se encontram negativas (consequências da curva invertida) e em patamares muito próximos a momentos que, historicamente, precederam grandes crises financeiras. (Ver o gráfico dinâmico).

André Bigão

Tenho prestado bastante atenção nas ações da Natura (NTCO3), por entender que sofreram desconto excessivo diante dos últimos resultados. Gosto da empresa, do modelo de negócios e da atual gestão – Fábio Barbosa (ex Santander e Editora Abril) assumiu como novo presidente.

Possíveis expectativas melhores para juros podem ajudar o desempenho dos preços, que também sofrem com a guerra entre Rússia e Ucrânia (A AVON , uma das marcas da empresa tem grande atuação nessa região do globo, e contribui para a piora dos resultados). Todavia entendo que o risco x retorno é atrativo, o desconto é bom e o upside é melhor ainda olhando para o gráfico.

Deixo no gráfico a formação de uma possível cunha de alta no fundo de um grande canal de baixa, marco 3 pernas de baixa (perdendo força), que podem indicar vendedores exaustos. Algumas boas barras compradoras deixam os papéis mais convidativos para abertura de posição compranda. Qual prazo? Não vejo nenhum problema em carregar esses papéis pensando em anos (1 ano+), mas mesmo para position trades mais curtos vejo um bom trade, com risco retorno de 3 x 1 oferecendo até 40% de upside que pode ser rápido se o Ibovespa der uma mãozinha. Para prazos maiores pensaria em 100% + para prêmio, e considero stops abaixo de 10 reais por ação. (Análise na íntegra).

Grafistas

Magazine Luiza ações acionaram setup power breakout de compra no gráfico de H1 (esquerda) conforme a dinâmica das setas desenhadas. Preços andaram de lado até o encontro das médias, para então retomar a alta depois de romper a MMA 200 (média verde). No gráfico diário (direita) preços “empurram” a banda de bollinger superior para cima, DMI e MACD também estão alinhados mostrando tendência de alta. Parece que o mercado entendeu que os preços estão ridiculamente baratos e começa a haver uma reação compradora. (Mais ideias de Magalu).

Rafael Cardoso

Preço das ações Via Varejo segurando em uma região de resistência prévia, LTB e MM50. Excelente ponto para venda.

Tendência de baixa, reforçada por topos e fundos descendentes e preço abaixo da LTB. As médias “segurando” o preço e servindo de resistência dinâmica. Preço abaixo das médias. Temos as médias de curto, médio e longo prazo descendentes, viradas para baixo e alinhadas com o preço, confirmando e reforçando a forte tendência de baixa e dominância dos vendedores.

Para anular essa estrutura de baixa, precisaria entrar pressão compradora, rompendo as médias e a LTB. (Mais de VIIA3).

Disclaimer: As análises aqui apresentadas são apenas estudos. Elas não são recomendações de investimento, nem de compra nem de venda, tampouco refletem a opinião do veículo de mídia na qual estão sendo divulgadas. São estudos direcionados a pessoas com conhecimento e experiência no mercado financeiro.

Nossos Autores: Pedro Canto CNPIAndré BigãoGrafistasRafael Cardoso.

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