Micro Gerenciamento de Carteiras de Ações
“O quê engorda o boi é o olho do dono.” Ditado Mineiro A economia e as condições do mercado asseguram o sucesso quando administramos bem os ativos. Não adianta ganhar na bolsa ou em outros negócios, acumulando lucros mas, esquecendo de realizá-los. Quanto mais fraca for a direção do mercado e menor a variação de preço, maior o risco de se levar prejuízo por falta de gerenciamento dos ganhos. Também não faz sentido se investir para o longo prazo quando não temos sinais concretos da direção dos preços.
Em tempos difíceis, o intervalo das operações, quer seja de compra ou venda, fica mais estreito. É necessário intensificar as jogadas porque, quanto maior for intervalo entre uma operação e outra, maior o risco. O problema é encontrar uma forma simples para diminuir o tempo das operações perante condições psicológicas adversas. Felizmente, temos muitos recursos que facilitam a vida de quem deseja administrar ativos. O primeiro passo é enganar nossas emoções com alguma técnica que tenha sentido lógico. Sugiro, como já mencionei várias vezes, o uso do alinhamento automático com jogadas curtas e realizações intermitentes dos lucros.
Decidir baseando-se em séries temporais, como a dos preços de ações, sempre envolve riscos porque não podemos controlar o tempo. É necessário marcar o tempo das operações de tal maneira que seja congruente com objetivos maiores de acompanhar as mudanças de longo prazo. Por exemplo, alinhando os ciclos ou mudanças de preços de curto prazo com tendências maiores, mesmo quando isso contraria nossas intuição. O horizonte da tendência fica a gosto do operador, mas sem alinhar a direção dos preços apenas aumentamos os ricos sem necessidade.
Sabemos que não podemos prever o futuro. Portanto, quanto mais tempo uma posição fica aberta mais incerteza temos. Por isso, recomendo o quê estou chamando de – micro gerenciamento –. Isto é, devemos aumentar as jogadas de curto prazo alinhando-as com objetivos de longo prazo. As ações fracas também devem ser substituídas por outras mais promissoras. Falo de ações, porque os outros ativos tem mecanismos mais claros pra se defender dos riscos em tempos de inflação e de fraco crescimento econômico. Estes devem permanecer mais tempo na carteira, especialmente ações que pagam dividendos.
Ações de companhias de utilidades publicas, de bens de primeira necessidade também variam menos e são mais estáveis no longo prazo, quando não há muita interferência do governo. Estas são ações defensivas. As outras devem ser trocadas intermitentemente conforme as mudanças da tendência e as mudanças intempestivas dos preços. Ações defensivas, do tipo mencionado, são mais fáceis de se administrar e, por isso, muitos investidores, que não querem ter o trabalho de ficar negociando, tentam se proteger investindo nelas. Por isso, dirijo minhas palavras aos colegas que procuram tirar ganhos maiores negociando com ações que variam muito.
Quando o mercado de ações está crescendo podemos ganhar sem muito esforço. Entretanto, num mercado lento, somente os mais espertos, que administram de perto sua carteira de investimentos, conseguem ganhos consistentes no decorrer do tempo. Em períodos fracos é necessário ajustar nossa venetas com os movimentos de preços, policiando nosso comportamento e observando com cuidados específicos a direção de preços.
Os preços se correlacionam em todas economias, desde a Ásia até o mercado americano, o último a abrir dentro do ciclo de 24 horas. Tenho insistido nesse ponto porque as ações, em qualquer carteira, variam juntas como manada. Não existem ações solitárias, todas andam juntas reagindo às notícias ou mudanças nos fundamentos da empresa e da economia. Às vezes, pode haver divergências, mas elas voltam a se alinhar.
O quê engorda o boi é o olho do dono, como diz o ditado mineiro. Olhando com cuidado podemos ver que todos os dias ou semanas aparecem oportunidades para se alterar a composição de nossa carteira de investimento independente do tamanho dela. Até mesmo carteira com apenas uma ação merece atenção especial quando o mercado está fraco. Algumas ações variam mais do que o mercado. Outras, mudam com a variação da moeda e algumas raramente ficam atreladas apenas ao crescimento da economia local.
No Brasil, todas ações acompanham o índice da Bovespa e este, às vezes, se descola de outros índices, mas apenas passageiramente. É um mapa que parece complexo, mas existe uma realidade que simplifica a administração dos investimentos; os dados estão disponíveis na Internet, e podem ser rastreados com os gráficos de qualquer plataforma de operação ou, até mesmo, com muitos programas já disponíveis na rede de computadores.
Boa sorte!
Prof. Metafix
- Negociando Moedas no Intraday - 28/04/2024
- Fundos ETF de Moedas - 13/04/2024
- O jeito certo e o errado de operar ativos - 11/03/2024