O que trouxe dinheiro grande…
foi…a capacidade de esperar.
Jesse Livermore
O sucesso nos negócios e na vida depende das decisões que tomamos, mas todos sabem disso. Não há necessidade de repetir frases corriqueiras para explicar o óbvio. Todavia, decisões do tipo comprar e vender ativos no mercado financeiro não são, nem corriqueiras, nem óbvias; elas dependem da paciência e do nível de inércia de cada investidor ou trader. Muitos têm pouca paciência e não conseguem esperar pelos bons momentos para negociar, e outros divagam nas decisões. Estes sofrem de inércia natural de quem tem aversão aos riscos. Nada errado nisso, desde que reconheçamos o problema.
A paciência exagerada produz inércia, mas a falta desta pode gerar agitação que produz decisões precipitadas. Destarte, o equilíbrio emocional para aproveitar o momento certo é fundamental. Mas como obter esse equilíbrio é o cerne da questão. Todos sabemos que os preços das ações sobem e descem, mas por que não esperamos para comprar na baixa e vender na alta? Às vezes, sabemos direitinho quando comprar, mas não compramos. Tempos depois, perguntamos: Por que não comprei ou, ainda pior, é dizer, eu deveria ter vendido!
Para alterar nosso comportamento é necessário encontrar uma âncora psicológica que quebre a inércia sem precipitar nossas decisões.
Quando estudava inglês, comecei a criar imagens na minha cabeça para lembrar com mais facilidade das palavras que ia aprendendo. Por exemplo, quando aprendi que a palavra, dog, significava cachorro, passei a pensar num animal, um cão feroz que inventava pra exagerar a imagem. Fiz isso como muitas outras palavras. Até hoje trabalho com imagens para não esquecer. A mente agradece as âncoras psicológicas que criamos!
Certa vez perguntei a um amigo budista, como ele vencia os desejos quando se encontrava com uma mulher bonita! Ele respondeu, não controlo meu desejo, apenas imagino ela defunto! Uau, uau, que desperdício, pensei! Infelizmente, se tu imaginas que mulheres bonitas são defuntos, não vais transar com ninguém, a não ser que tenha mau gosto ou uma perversão desconhecida. Porém, o certo é que podemos exagerar o que desejamos para lembrar melhor. Gosto não se discute, mas podemos usar truques psicológicos para mudar nosso jeito de tomar decisões.
Por que não aplicar o mesmo conceito de âncora psicológica sobre a imagem dos gráficos dos preços. Podemos pensar em rios e serranias ou limites de campo de futebol, como um amigo meu, o Rommel sugeriu. Quando tivermos dificuldade em decidir quando comprar, podemos olhar para o oscilador para lembrar da posição que estamos no campo.
Por exemplo, respeite a tendência, mas não permita que os preços se afastem muito da barreira inferior, o gol, sem fazer uma compra. Também não permita que o preço volte da barreira superior, o gol oposto, sem fazer uma venda. Para facilitar ainda mais, podemos colocar a marca do gol superior em 80 por cento do campo e o gol inferior em 20 por cento, ou outra combinação desejada. O certo é que fica mais divertido imaginar as operações como se fossem um jogo de futebol! Fazendo isso, tira-se também a pressão de se operar pensando em dinheiro. O importante é fazer gol para ganhar o jogo.
Nessa brincadeira, vamos perder algumas oportunidades porque quando a tendência do preço é forte, as inflexões são fracas e a bola demora chegar no gol inferior. Quando a tendência é fraca, as inflexões e mudanças são mais frequentes, mas ficam variando para baixo ou no meio do campo. Sempre que houver dificuldade em identificar a direção de curto prazo, podemos mudar para um gráfico mais curto para exagerar as variações. Todavia, sabemos que é bem mais fácil fazer um gol perto das traves do que do meio do campo. Good Luck!
Prof. Metafix, Wisconsin, 7 de novembro de 2021
Consultor e Professor de análise de investimentos para técnicos do Banco Central de Moçambique -- Projeto das Nações Unidas e Banco Mundial, experiência operando nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos, onde reside e especialista em operações de curto prazo, daytrade e operações estruturada com opções.
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Boa noite…
Ehh esse é meu Master Antonio Dantas Sobrinho, meu coconterrâneo lá do Nordeste.
Muitas saudades de nossas palestras Microeconomicas na Unb, teoria do consumidor, Isoquantas e por aí vai.
Fico muito contente em vê-lo na ativa Dantas. Que bom. Lá no nordeste só temos duas opções de vida:
a) a primeira é vencer e a segunda também é vencer.
Forte abraço do seu eterno aluno Clóvis Ximenes de Melo Júnior