Desmitificando os Gráficos

Professor Metafix

Tenho insistido com alguns colegas como é simples negociar com ações seguindo as alterações de preços desses ativos com gráficos de linha. As mudanças são interessantes e formam padrões que se repetem em qualquer período que escolhemos para analisar. A variância de preço obedece, tanto a lei da oferta e da procura, como as leis da natureza ou da física que preconiza que para cada ação existe uma reação. Numa tendência de alta, por exemplo, a mudança de alta é mais longa do que as reações contrárias. Numa tendência de baixa, temos uma situação diferente; as mudanças negativas são mais fortes do que as forças ascendentes.  Reconhecendo esse padrão, fica muito fácil comprar e vender com sucesso pois, cada queda preconiza uma alta e cada alta indica uma provável queda!

As tendências, como visto, podem ser de alta ou de baixa e, às vezes, bastante lateral, com pouca volatilidade; mesmo assim, oferecem boas oportunidades para se lucrar sem se preocupar. É importante observar que esses movimentos antagônicos produzem zonas de suportes, quando o preço cai; e de resistências quando ele sobe. Esses pontos são bastante visíveis ao longo do tempo. Destarte, podemos operar aproveitando essas inflexões sem ajuda de osciladores, indicadores ou de padrões gráficos coreografados com outras formas de medição. 

Como dito, podemos operar acompanhando os movimentos com apenas um gráfico de linha. Este mostra com mais  clareza quando os preços mudam de direção e formam suportes ou resistências. Dessa forma, poderíamos até dispensar ajuda dos osciladores e indicadores embora, com estes, as zonas de suportes e de resistência ficam menos incertas. 

Os osciladores são médias móveis modificadas e muito importantes, mas antes de recorrer à ajuda deles, devemos fazer o dever de casa e aprender a identificar os suportes e as resistências utilizando apenas o gráfico dos preços. O esforço para identificar os suportes e as resistências sem ajuda de outros meios cria-se o hábito de operar quando a direção das mudanças for menos incerta.

Os pontos de inflexão são áreas de baixa volatilidade ou de equilíbrio e, por isso, servem muito para mostrar as reversões de direção. Todavia, somente depois de identificar bem onde estão os suportes e as resistências no gráfico dos preços, é que devemos conferir com os osciladores. Dessa forma, a visão dos pontos de entrada e saída fica bem mais clara. Aliás, quando obedecemos os suportes e as resistências erramos muito menos ou quase nada!

Podemos identificar a direção dos preços acompanhando os movimentos com gráficos de curta ou de longa duração e qualquer outro período intermediário pois, independente do intervalo  escolhido, os preços vão formar suportes e resistências. 

Existe um padrão geral que sobrepuja a todos demais. Isto é, os preços sobem e descem formando tendência e criando picos e vales onde ficam, respectivamente, as resistências e os suportes. Esses pontos de inflexão são importantes para marcar o começo e o fim de uma mudança temporária. Eles são importantes porque só vamos lucrar comprando por um preço e vendendo por outro mais alto. Como dizem popularmente, compre na baixa e venda na alta.

Depois de uma boa prática simulando operações com apenas um gráfico de linha, podemos acrescentar indicadores e osciladores e, até mesmo trabalhar com padrões gráficos propalados por muitos grafistas que usam velas para representar as mudanças. 

Portanto, podemos ter uma visão bastante clara da direção dos preços, usando apenas uma simples linha de marcação. Mesmo assim, podemos utilizar outros meios, mas o risco aumenta quando usamos-los como substitutos. Destarte, entender as indicações dadas pelas inflexões onde se formam os suportes e as resistência é fundamental para o sucesso de quem opera.  

O período de operação é importante também, pois à medida que diminuímos o tempo de observação conseguimos ver mais pontos de inflexão. Os movimentos longos escondem as inflexões de curta duração, mas elas são importantes para aqueles que desejam aproveitar as pequenas mudanças. Portanto, quando desejamos operar com mais frequência, podemos passar para um período mais curto porque quanto menor for o período escolhido para operar maior o número de suportes e resistências que aparece. 

Assim, fazemos uma troca natural, operando mais vezes com gráficos menores e com ganhos menores por jogadas. A frequência da operação compensa os grandes ganhos das jogadas demoradas. Por exemplo, podemos operar com o dólar várias vezes ao dia utilizando um gráfico de 5 minutos, ou podemos fazer apenas uma operação por dia quando usamos um gráfico de uma hora. Lógico que os ganhos das jogadas com 5 minutos, quando somados, devem ultrapassar os ganhos de uma jogada de uma hora. O ganho extra das jogadas frequentes é o quê anima muitos aplicadores a operar day trade. 

Dado o exposto, na próxima nota a ser publicada aqui, vamos analisar o movimento do dólar utilizando um gráfico de 5 minutos. A lógica pode ser aplicada a gráficos extraídos de movimentos mais curtos ou mais longos. Lembrando sempre de que os movimentos bem curtos vão produzir muitas oportunidades, porém os rendimentos por operação, às vezes, são tão pequenos que talvez não valha a pena operar com períodos muito curtos.

Lembrando novamente de que os rendimentos de períodos longos são bem maiores, porém, esses movimentos demoraram a se formar, e produzem enormes perdas quando os preços recuam contra a tendência. Por isso, as operações de prazos mais curtos diminuem bastante as perdas provocadas por retrações grandes. As perdas e os ganhos são proporcionais ao tamanho da onda. Boa Sorte! Prof. Metafix, Wisconsin abril de 2022.

Professor Metafix
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