Aprimorando a Visão Gráfica dos Preços

Professor Metafix

Tenho um amigo aqui nos Estados Unidos que se interessou pelo simples esquema que uso para operar ativos financeiros. Ele me visita todos os sábados. Chega pontualmente às dez horas e sai, exatamente, às onze! Nesse pequeno intervalo discutimos as coisas corriqueiras da vida, mas aproveitamos para rever os acertos e erros da semana. O mais importante é entender porque erramos. A causa mais comum de nossos erros é a impaciência.

Num desses sábados, e depois de algumas confissões de perdas, ele se virou pra mim e disse: agora sou vou comprar quando Indice Força relativa começar a sair da zona de sobre vendido. Pensei, a ficha caiu! Esta é a regra fundamental para quem deseja operar com sucesso. Sempre comprar na baixa; não existe outra saída para quem deseja ganhar em atividades mercantis, como comprar e vender ações. Entretanto, vamos lembrar de alguns detalhes para tornar as operações mais agradáveis.  

Sabemos que quanto maior for o intervalo de operação menor o risco de se perder; pois nos intervalos longos cabem mais observação. Pela teoria estatística de amostragem, quanto maior o número de observações, menor o risco, ou variância. É por isso que não se perde dinheiro no longo prazo operando ações. Ao lembrar dessa teoria, começamos a operar com gráficos diários. Juntos discutimos o que fazer e contrapor a paciência para esperar pelo momento certo para comprar. Assim, usamos períodos de dias e compramos quando a linha do oscilador começa subir, mas sempre obedecendo a regra de Charles Dow de nunca operar contra a tendência. Esse aprimoramento é fundamental para não errar e ganhar mais.

Verifique o comportamento do preço do BOVA11 no  gráfico da plataforma da B3. Note que no dia 4 de novembro se formou um pivô de baixa. Desse ponto em diante, qualquer operação de compra violaria a regra de Charles Dow. Entretanto, no dia 10 dava uma boa compra, mas o preço subiu pouco, e não atingiu a zona de sobre comprado. Como a tendência é de baixa, o preço subiu e formou um pivô de baixa no meio do intervalo. Isto é, o operador poderia violar a regra de Dow desde que  abortasse a jogada com lucro no meio do caminho porque o preço não iria subir até a zona de sobre comprado. Numa tendência de baixa, o preço está sujeito a cair a qualquer momento para formar um pivô de baixa. A grande vantagem de se operar com gráfico diário é permitir uma parada com lucro e com mais tranquilidade. Assim, mesmo correndo o risco de ser ingênuo, não vejo como errar comprando na baixa e vendendo na alta quando se usam períodos mais longos como o diário ou semanal. 

Conclusão, quando a tendência é de alta, o oscilador mostra que o preço chega a zona de sobre comprado sem problemas. Entretanto, quando o movimento é de baixa, o preço bate na região de sobrevendido, depois sobe mas não tem força para alcançar a zona de sobre comprado. Esse comportamento é verdadeiro em qualquer período gráfico que escolhermos para operar. Mas, como dito, as operações com gráficos diários são mais seguras por motivos estatísticos. Eles também dão mais tempo para o operador mudar de posição. Aprendemos que a melhor técnica para controlar a paciência é obedecer a regra com um ponto de apoio. A outra é acompanhar as mudanças de preço que são congruentes com outros movimentos maiores usando o alinhamento automático. Finalmente, comparar os movimentos do preço com intervalos diferentes, não faz mal a ninguém.

Gráfico da BOVA11, Plataforma da B3.

Note que uso apenas duas linhas para operar. O Índice de Força Relativa está modificado para mostrar tamanho 3. E para a média do indicador usamos tamanho 1, assim, vemos apenas uma linha na janela do indicador. Boa Sorte!

Prof, Metafix, Wisconsin 20 de Novembro de 2022.

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