Identificando Suportes no Mercado de Ações
Nada é tão simples e tão ilusivo como a citação – a tendência é tua amiga. Esse deveria ser um refrão lembrado em todas os operações com ações. Infelizmente, muitos ainda tentam operar contra a tendência na ilusão de uma reversão favorável. Para evitar prejuízos e decepções é imperativo se operar somente quando um movimento se alinha com uma tendência maior, e os dois apontam para cima. Só assim poderemos evitar a ilusão e as armadilhas das falsas reversões de preço.
Aproveito a oportunidade para insistir mais uma vez no alinhamento dos movimentos e na escolha da tendência compatível com um horizonte desejado pelo operador. Como o risco de se operar vendido no mercado de ações é sempre maior do que entrar comprando, é importante identificar os suportes ao longo das tendências de alta e aproveitar as retrações de curto prazo para operar.
Sabemos que existem duas formas para se identificar a tendência ou direção dos preços de um ativo. Podemos utilizar uma média móvel e verificar qual a direção dela ou, observar a direção dos topos e dos fundos. Por outro lado, é muito simples verificar se os topos e os fundos das retrações se formam acima da média móvel.
Apesar da simplicidade, precisamos de muita prática para acertar, pois alguns fundos se formam muito acima da média, outros um pouco abaixo e ainda outros que são suportes fracos e incertos. Estes são apenas pontos de inflexão. Sempre surgem dúvidas quando não temos uma técnica lógica que seja consistente para indicar a direção dos preços se baseando nessas formações.
Destarte, não basta observar uma simples formação gráfica. É necessário que se faça uma análise de cima pra baixo (top-down) em, pelo menos, três tempos gráficos distintos. O sucesso reside em ter paciência e esperar para que os movimentos menores se alinhem com o movimento maior, ou tendência principal. Isto é, um pequeno movimento diário (duas ou três velas) quando desdobrado em gráficos de 30 minutos também se transforma numa tendência. O operador esperto pode aproveitar essa característica dos gráficos e alinhar os três movimentos para tirar alguns trocados num Day Trading.
Para aproveitar essas oportunidades, o operador deve aguardar para entrar nos suportes das retrações, mas com cuidado e bastante sensibilidade para não confundir um ponto de inflexão com uma zona de suporte. Essa tarefa se torna bastante simples quando alinhamos os movimentos e procuramos confirmação. Isto é, se a vela ou velas no diário for de alta, precisamos esperar uma reversão num movimento menor de uma hora ou de 30 minutos. E só devemos operar quando o recuo formar um suporte verdadeiro num tempo gráfico de 15 minutos ou ainda num bem menor de 5 minutos.
Esse exercício exige muita paciência pois, muitas vezes, não aparece nenhum suporte, o que vemos são apenas pontos de inflexão. Para saber se é um suporte verdadeiro é necessário examinar os movimentos menores e só esperar quando se configurar um suporte sólido. Assim, temos o alinhamento de 3 suportes; um dentro da tendência principal, a diária; outro em 60 minutos e um em 15 minutos. Dessa forma, temos certeza de que estamos obedecendo a tendência e aproveitando o ponto mais fundo das retrações para se fazer uma compra.
Note que, dentro de um movimento de 30 minutos, podem existir vários suportes quando visto com gráfico de 5 minutos. Isto é, uma inflexão forte em 30 minutos pode não se transformar num suporte bom para se operar em 5 minutos. Portanto, seria melhor esperar para que o gráfico de 5 minutos confirme o suporte em 30 minutos. É importante não confundir um suporte verdadeiro com uma inflexão passageira. E não confundir uma retração (movimento curto) com uma tendência. Além disso, uma tendência de alta, com vários pontos de inflexão, quando desdobrada em movimentos menores, revela os suportes bons para se operar. Pratique o top-down análise e boa sorte!
Prof-Metafix.
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