O Efeito da Regressão e da Distribuição no Preço das Ações.

Professor Metafix 3

Sabemos que a dor da perda é mais intensa do que o prazer dos ganhos. Entretanto, está “comprovado” que não se perde no longo prazo investindo em ações. A “lei” de regressão e a teoria da distribuição binomial corroboram de forma interligada com a última afirmativa. Somos conscientes de que o conhecimento desses fenômenos ou qualquer outro não transforma o investidor, mas pode aliviar as dúvidas e o medo de quem opera…

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O Efeito da Regressão e da Distribuição no Preço das Ações.

Sabemos que a dor da perda é mais intensa do que o prazer dos ganhos. Entretanto, está ?comprovado? que não se perde no longo prazo investindo em ações. A ?lei? de regressão e a teoria da distribuição binomial corroboram de forma interligada com a última afirmativa. Somos conscientes de que o conhecimento desses fenômenos ou qualquer outro não transforma o investidor, mas pode aliviar as dúvidas e o medo de quem opera. Os dois conceitos são “É bom lembrar de que as coisas simples são poderosas e servem para ilustrar até os fenômenos mais complexos,” simples e devem fazer parte do arsenal de conhecimentos de quem investe em ações. É bom lembrar de que as coisas simples são poderosas e servem para ilustrar até os fenômenos mais complexos, como fez Einstein com a famosa equação, E=mc2 .

Primeiro, devemos saber que não existe uma variável específica para explicar o movimento dos preços das ações como a mídia tenta explorar. Sabemos apenas que os preços se alteram com o tempo numa velocidade compatível com o volume dos negócios. Estamos cientes também de que por trás dessa variação existe uma vasta quantidade de fatos independentes que fortalecem o mecanismo de oferta e procura. Entretanto, não precisamos dispor deles para operar com sucesso porque a explicação salta aos olhos do observador pela ação magnífica e instantânea das ilustrações gráficas.

Destarte, quem opera não está interessado nas ramificações dos fatos subjacentes às causas que alteram os preços. O operador quer apenas saber quando os preços vão subir e quando vão cair. Porém, entender um pouco mais é “Aquilo que faz bem e aumenta o conforto das operações deve ser aceito porque trás tranquilidade para quem opera” como sopa de galinha. Aquilo que faz bem e aumenta o conforto das operações deve ser aceito porque trás tranquilidade para quem opera. Trabalhamos com expectativas a todo instante, observamos os gráficos com cuidado e queremos apenas saber se os preços vão subir ou se vão cair porque os lucros dependem da interpretação correta desses movimentos.

A regressão e a distribuição dos preços estão interligadas e ajudam entender quando os movimentos mudam de direção. A ?lei? de regressão diz que todos os valores regridem ou voltam para um meio. O meio pode ser ilustrado com uma média móvel simples para representar o centro de gravidade. Os preços se afastam e se aproximam dela ao longo do tempo. É lógico que, quanto maior for a distância dos preços, maior será a probabilidade deles se aproximarem da média novamente, como os elefantes que vão e voltam pelo mesmo caminho (teoria de la bangola).

Nada é certo e, por isso, temos que intuitivamente tirar conclusões sobre o tamanho dos riscos que enfrentamos ao interpretar a variação de preços. Não temos nenhuma outra informação sobre a direção dos valores exceto a lógica da regressão e o comportamento da distribuição. Esses dois fenômenos são importantes e estão presentes em séries temporais do tipo que enfrentamos no mercado financeiro. Seria desnecessário compreender a base cientifica por trás desses fenômenos para entender os gráficos. Basta um exercício visual para se ver como eles se comportam.

Quando os preços sobem muito e se distanciam da média eles começam a formar zonas de resistência, e quando caiem formam zonas de suportes. Todo operador sabe que esses pontos são importantes porque eles representam “Em ações, quando a média está em tendência de alta, a única coisa que o operador precisar fazer é planejar as entradas dando atenção específica aos suportes.” começo de retrações, no caso de resistência, e de progressão, no caso dos suportes. Eles também são conhecidos como zonas de sobre-comprado e de sobre-vendido. Em ações, quando a média está em tendência de alta, a única coisa que o operador precisar fazer é planejar as entradas dando atenção específica aos suportes.

Por outro lado, entender a distribuição é importante para todos e muito mais pra quem opera ativos que não tem viés definido ou só tem viés de equilíbrio, como o Forex e produtos que variam ao sabor do câmbio monetário. Dentro da distribuição, os suportes e as resistências se tornam ainda mais importantes porque denotam zonas de inflexão ou de mudança de probabilidades que ajudam a cristalizar os pontos de entradas e saídas.

A melhor forma para se entender o movimento dos preços é verificar a semelhança com resultados dos eventos dentro de uma distribuição binomial. Chama-se binomial porque só pode ter dois resultado, do tipo cara ou coroa. A binomial trata de uma sequência de resultados alternados. Por exemplo, quando se joga uma moeda, a distribuição diz que teríamos 50 por cento de chance dar cara, e 50 por cento de dar coroas. Ora, mas a soma dessas probabilidades daria zero e, por isso, os lucros no longo prazo seriam nulos.

Portanto, se os movimentos de alta, e os de baixa, seguissem a regra binomial com perfeição, não ganharíamos nem perderíamos no longo prazo porque os lucros seriam anulados pelos prejuízos. Entretanto, temos dois comportamentos adicionais que favorecem a quem investe em ações. Um, seria o viés de alta e, o outro, seria a imperfeição da distribuição aplicada em series temporais no mercado de ações. A distribuição de preços das ações não é perfeitamente simétrica. A probabilidade implícita de 50 por cento só é verdadeira no longuíssimos prazo por causa da lei dos grandes números. No curto prazo, o importante são as sequências dos resultados ou conjuntos de probabilidades que, às vezes, só dão aumentos e noutras só dão quedas. Às vezes, elas também se intercalam intermitentemente com muita instabilidade para confundir o operador!

Por causa do viés de alta, os resultados se alteram em conjuntos onde predominam caras e conjunto onde predominam coroas. Percebe-se isso pelas ondas que se formam nos gráficos. O ?segredo? está em se entender quando os preços saem de uma sequência de muitas coroas (quedas) e entram numa zona onde predominam caras (altas) e vice versa. Por causa do viés de alta, as sequências com caras (ganhos) predominam sobre coroas (perdas ou queda). O operador pode aproveitar essa alternância irregular para abrir e fechar posição somente no fim de cada sequência.

“é bom guardar a essa lição; os preços não ficam muito tempo distante da média por causa da força da regressão e por causa da característica da distribuição binominal.” A distribuição dos resultados em sequências alternadas de caras e coroas, resultante do binômio imperfeito, e os suportes e as resistências, gerados pela lei de regressão, ajudam o operador a planejar as jogadas de curto prazo para controlar os riscos e aumentar os lucros. Portanto, é bom guardar a essa lição; os preços não ficam muito tempo distante da média por causa da força da regressão e por causa da característica da distribuição binominal.

Vamos lembrar também de que, todas as vezes que surgir uma resistência é porque a sequência de alta está se “Vamos lembrar também de que, todas as vezes que surgir uma resistência é porque a sequência de alta está se exaurindo e a de baixa está prestes a começar.” exaurindo e a de baixa está prestes a começar. Do mesmo modo, todas as vezes que aparecer um suporte é porque a sequência de baixa está terminando. Portanto, a probabilidade de haver mudanças, nas inflexões indicadas por suportes e resistência, é bastante alta e assegura rentabilidade para quem investe no longo prazo.

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3 comentaram sobre “O Efeito da Regressão e da Distribuição no Preço das Ações.

  1. Prof,

    Parabéns pelo artigo, muito útil!
    Gostaria de fazer duas considerações?
    O que é “longo prazo”?
    Em recente artigo publicado no infomoney, mostrou-se que o ibov perdeu em cerca de 50% para a inflação na última década!
    Ora, isso mostra que, apesar do viés de alta, não é garantido que a bolsa dê lucro no “longo prazo”.
    Segundo, uma observação importante é que o ibov é renovado de 4 em 4 meses, se alguém monta uma carteira e esquece, pode estar, em 10 anos, com dinossauros fossilizados na carteira, como o caso da “Paranapanema” que já foi blue nos anos 90.
    Portanto, se achar pertinente, seria interessante incluir esses aspectos do longo prazo em próximos artigos.

    Um abraço,

    abud.

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