A crise na Europa: O Euro e o Mercado de Ações

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A recente crise econômica na Europa assustou os investidores e trouxe algumas limitações para quem opera com ações e outros ativos financeiros. As dúvidas sobre o destino do mercado também não param porque a maioria esperava uma recuperação gradual da última crise. Todavia acredito que os preços das ações não deveriam ter subido como subiram até recentemente, mas será que eles cairão ainda mais?

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O Euro e o Mercado de Ações

A recente crise econômica na Europa assustou os investidores e trouxe algumas limitações para quem opera com ações e outros ativos financeiros. A questão do tempo de operação e o problema da diversificação voltaram a perturbar muitos especuladores. As dúvidas sobre o destino do mercado também não param porque a maioria esperava uma recuperação gradual da última crise. “Todavia acredito que os preços das ações não deveriam ter subido como subiram até recentemente, mas será que eles cairão ainda mais?” Todavia acredito que os preços das ações não deveriam ter subido como subiram até recentemente, mas será que eles cairão ainda mais?

Diga-se de passagem que a queda nos preços das ações é tardia. A demora em entender porque os preços deveriam recuar é fruto do viés natural de alta nesse mercado e da esperança vã de que não deve haver outra crise porque já tivemos uma recentemente. Infelizmente, ninguém contava com o problema do endividamento de muitos países membros da comunidade europeia. Ainda bem que a relação euro-dólar sempre foi um bom indicador e já assinalava uma mudança de rumo no mercado financeiro desde dezembro de 2009. Ele ajudou a muitos evitarem perdas maiores com o recuo nos preços. Entretanto ainda existe muito pessimismo e não existem sinais claros de uma recuperação na economia real que possa dar consistência as subidas que presenciávamos até pouco tempo.

Parece-me que está havendo um grande equívoco nas políticas econômicas. Os governos consideraram a crise passada apenas como uma mera questão de liquidez e, por isso, injetaram dinheiro nos principais bancos como uma “ainda existe muito pessimismo e não existem sinais claros de uma recuperação na economia real que possa dar consistência as subidas que presenciávamos até pouco tempo” forma de estancar a crise e a queda das bolsa. Além desse engano, o problema principal não foi resolvido porque ele é muito delicado e profundo para ser erradicado de uma só vez. Isso provocaria uma depressão que poderia durar muito tempo. Lamentavelmente, esse temor pelas autoridades econômicas dos Estados Unidos e da comunidade europeia prolonga os desequilíbrios na economia mundial e aumenta a incerteza nos mercados financeiros porque as medidas são efeitos passageiros. Enquanto isso, pouco podemos fazer a não ser conviver com incertezas e grandes volatilidades no mercado. Por outro lado, seria prudente ficar atento aos movimentos das principais moedas.

Ora, sabemos que a depreciação de uma moeda diminui seu poder de compra. No caso do euro, o problema é grave pela importância que ele exerce nas trocas internacionais e pelo tamanho das economias que ele serve de base de troca. A perda do valor do euro relativo ao dólar americano e a outras moedas afetam as bolsas do mundo inteiro e mostram a fragilidade econômica dos tempos em que vivemos. Se a globalização for uma interdependência para valer, problemas pequenos ou grandes numa economia contaminarão as outras e reforça a necessidade de se conviver com maiores riscos.

A questão é delicada e transcende os interesses de muitos investidores e confunde os pequenos aplicadores. Devemos reconhecer também que o preço das ações antecipam o que pode ocorrer na economia produtiva do mundo inteiro, pois antes da ciência vem os sentimentos dos investidores. Assim, a Europa deve comprar menos no resto do mundo pois, à medida que o euro perde valor, os produtos estrangeiros ficam mais caros para os europeus. Isto é, dependendo da profundidade dessa crise, o crescimento de muitas economias fica prejudicado. Por outro lado, quem usa o euro como reserva deve migrar seus recursos para outras moedas ou ativos, pois essa é uma das vantagens da globalização que os grandes podem aproveitar, mas fica difícil para os pequenos alcançarem.

A crise na Grécia e as notícias de que outros membros da comunidade estão em condições semelhantes aumentaram a expectativa de novas depreciações do euro. “quando o euro cai, o preço das ações também diminuem no mercado internacional” Consequentemente, isso gera um efeito em cascata sobre o mercado acionário do mundo todo. Assim, a relação entre o valor do euro e o das ações fica bastante clara; quando o euro cai, o preço das ações também diminuem no mercado internacional. Nesse sentido, seria importante até para os Estados Unidos ajudar a Europa para salvar o mundo de uma recessão.

Enquanto isso não acontece, muitos perguntam: até quando as ações vão cair? A crise não traz bola de cristal, mas vem mostrando que numa economia globalizada não podemos ignorar o efeito dos desequilíbrios nas contas públicas dos países ricos sobre os mercados financeiros do resto do mundo. Isto é, enquanto não for equacionado o problema da dívida europeia, os investidores vão vacilar e migrar parte de seus investimentos para ativos mais seguros.

Portanto, esta crise é mais complexa do que as outras por causa da interdependência entre as economias. Ela não deve trazer alegria e nenhum schadenfraude to tipo que perdura nessas ocasiões, pois somos todos iguais nessa noite, como diz a música de Ivan Lins. A crise mostra que uma moeda comum a vários países, como o Euro, é bem mais difícil de ser administrada do que uma restrita à uma economia única. Infelizmente, apesar de que todos os países membro da comunidade do euro tem uma parcela de culpa, eles não querem abdicar de suas prerrogativas políticas necessárias à solução.

O Euro foi gravemente atingido, mesmo que consiga se recuperar não dará mais aquela segurança que se imaginava que teria para servir como moeda reserva. Isso é muito ruim porque prolonga o reinado do dólar sem que os Estados Unidos tenham as condições econômicas necessária pra mantê-lo forte.

“enquanto não for equacionado o problema da dívida europeia, os investidores vão vacilar e migrar parte de seus investimentos para ativos mais seguros” Os investidores pequenos devem se lembrar de que à medida que euro perde valor e se mostra frágil, os fundos migram inexoravelmente das ações para outros ativos de menor risco e depreciam o preço das ações ainda mais. Além disso, devemos ficar atentos para as mudanças nas condições reais, pois o mercado financeiro sente quando a economia produtiva será afetada. Ele antecipa a crise real diminuindo os preços dos ativos e aumentando volatilidade das ações.

O investidor individual deve ficar atento também para os sentimentos do mercado. Este gera volatilidade e incerteza sobre a direção dos preços inviabilizando até o uso de instrumentos de análise mais conhecidos. No caso de endividamento público exacerbado, como é o caso da Grécia, o risco do sistema entrar em colapso aumenta. Uma crise mais profunda na Europa transfere os efeitos para todos investidores. E ai ninguém consegue se livrar de uma contaminação que pode gerar uma crise sistêmica ainda mais ampla.

O momento exige dos investidores bastante cautela e reflexões para evitar jogadas apressadas. São nessas fases do ciclo econômico que devemos exercitar nossa paciência, ancorando os recursos em instrumentos de menor risco mesmo que os rendimentos fiquem aquém daqueles que se obtém com as ações. A outra alternativa seria efetuar jogadas de curta duração como tenho advogado neste site ou, ainda, se manter firme, porque eventualmente tudo volta a subir. Quando não for possível administrar jogadas curtas, deve-se relaxar conscientes de que no longo prazo estaremos “mortos” mas bastante felizes porque as crises passam e os investimentos em ações darão bons rendimentos!

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3 comentaram sobre “A crise na Europa: O Euro e o Mercado de Ações

  1. nunca investi em ações e sou leiga no assunto, estou tentando entender através do seu site.
    No momento estou vivendo na Europa a 1 ano e parece que cheguei em uma fase difícil para quem queria transformar o euro em real na intenção de voltar ao Brasil depois de 4 anos, como eh o meu caso, mas me dê uma dica em como posso começar a aplicar alguns euros em bolsas ou algum investimento que eu possa talvez vir a ter lucro, gostaria de receber um email seu.
    Muito obrigada por suas dicas,
    Claudia

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